Sempre
fora um garoto bem esperto, alegre e companheiro. Adorava ir à praia, não para
pegar um sol e bronzear-se, mas para surfar. Ah! Quantas pranchas escolhidas
por ele. Quantas horas, dias e meses surfando com os amigos mais próximos e
mais íntimos.
Era o mês
de Janeiro. Ano? Provavelmente 1996. Era um Sábado. Fui à missa. Ao terminar,
uma senhora, mãe do Michel, dirigiu-se a mim e disse:
─ Veio à
igreja para agradecer a Deus pelo acontecido? Quase foi uma tragédia! Mas que
bom que tudo acabou bem, e nada aconteceu com o Jônatas.
Nesse momento, meu coração acelerou e
sem saber o que havia acontecido, disse: ─Mas que tragédia é essa? E por que
nada aconteceu com o Jônatas? Nisso, ela percebeu que eu não sabia de nada e me
disse: ─Então você não está sabendo? O Jônatas só não foi engolido pelas águas
do mar, porque dois experientes pescadores conseguiram salvá-lo. Daí então é
que tomei conhecimento do acontecido. O Jônatas, o Michel e outros amigos
estavam brincando na água. O mar estava um pouco agitado, e isso é normal, mas
eles insistiam em permanecer na água. O J. então resolveu vir até a areia da
praia e quando voltou à água, um pouco distante dos colegas, um lagamar tentou
engoli-lo e ele então levantava os braços, pedindo socorro, principalmente aos
amigos. Mas esses nem se importavam, achando que tudo era brincadeira, pois o
J. era um tanto sociável, arteiro, mas apenas com as pessoas mais próximas, com
pessoas não conhecidas ele era um tanto tímido e arredio. E o pequeno Pombo –
esse era o carinhoso apelido dado pelos colegas, estava em papos de aranha.
Gritando muito, apavorado e com medo de ser tragado pelas águas e nada podendo
fazer. Nisso, próximo ao local, havia um bar com um campo de bocha e ali se encontravam
alguns pescadores bebericando e jogando bocha, quando um deles percebendo o que
estava acontecendo, pegou uma prancha que ali se encontrava e correu ao mar em
direção ao menino que estava prestes a ser levado pelas águas. O homem mesmo
sendo um experiente pescador, não conseguia tirá-lo das águas e acenando para
outro seu colega, também pescador, pediu por socorro. E os dois então, depois
de muita insistência e arriscando a própria vida, acabaram por tirar o menino
do embolado das águas, trazendo-o de volta para a areia da praia.
Ainda
bem que só fiquei sabendo desse incidente – que por pouco e devido à coragem e
experiência dos dois pescadores, não se tornou uma tragédia, após ter
participado da Santa Missa e por me encontrar naquele momento, em estado de
graça, o choque não foi tanto dando para suportar aquela noticia nascida de uma
pergunta feita de forma inconveniente e brusca. Graças a Deus que tudo terminou
bem e até hoje tudo continua bem com o Pombo, apelido dado pelo Cézar e outros
colegas de Itapoá, e há de sempre continuar bem com o Peladão, apelido dado
pelos colegas mais próximos de Maringá.
Pombo,
Peladão, não importa qual o apelido. O que importa é que o tão elétrico menino
e que fazia muitas traquinagens se tornou um homem de bem, responsável, de boa
índole e caráter, compromissado com a vida e exercendo com dignidade a sua
cidadania.
Parabéns Pombo! Parabéns Peladão!
Parabéns Jônatas pelo que você é!
Que Deus Sempre ilumine a sua
caminhada.
Parabéns pelo seu aniversário no dia de
hoje (21/10/2013)
ELIAL
Elizabet Amboni
Lucizano
Supervisora Escolar
Escola Municipal
Ayrton Senna
Itapoá - SC